terça-feira, 11 de novembro de 2014

.:(A)normal:.

A verdade é que eu ando meio absorta. Inferno astral, retorno de Saturno, tanta coisa pra acontecer e todas, justamente às vésperas dos 30 anos. Comentei com alguns amigos e descobri que é unânime: esse cagaço, a recorrente sensação de "que que eu tô fazendo aqui?" somada ao frequente desejo de largar toda essa merda e morar no Havai, nem que seja pra vender coco ou fazer bicicletinhas de arame (será q vende água de coco nas praias do Havaí? Vou pesquisar). Descobri que isso é normal.
Afinal, ser geração "Y", fazedora de mil coisas ao mesmo tempo. Vamos tomar um rivotrilzinho, então pra segurar o tranco? Normal.
Normal tantos ciclos interrompidos aos 30: namoros, casamentos, uniões estáveis e o que "é meu é só meu e vou fazer um testamento pra não deixar nada pra ninguém porque não sou obrigada". 
Pode até ser normal, mas eu sinto medo. Medo, porque relacionamentos acabam, mas os meus, olha, tão de parabéns, acabam muito. Talvez o normal seja continuar com essa sensação de que não pertenço a ninguém. Até pertencer. Mas, enquanto eu não entendo o que o mundo quer de mim, não adianta querer nada do mundo. Normal.
Tem o lado bom: Continuo achando lindo (e normal) os casais que se conheceram na escola, namoram há 12 anos e planejam um casamento no sítio pra uns 300 poucos convidados e vão passar a lua de mel na Polinésia francesa. Só não estou nessa fase, ainda. Próximo.
Vou aniversariar mais uma vez sem saber o que o próximo ciclo me reserva, me achando a mais linda no meu dia, detestando ter que pegar ônibus, trabalhar e agradecer a galera da firma pedindo sobremesa-brinde porque é meu aniversário. Sigo odiando ser normal, justo no meu dia.
Dos aprendizados recentes, o mais verdadeiramente prático deles é que a frase que a gente mais ouve, solteira e depois dos 25 anos,  é "a gente se fala". E a gente nunca mais se fala. Normal.


Quem vos fala

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Brazil
Sou aquela que dança quando a música acaba.