terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

.:"Quem tem coragem não finge":.

Este texto é sobre a Samira, que nem conheço e já entendo pacas.
Samira está por aí, buscando as verdades da vida. Samira desistiu de uma carreira porque passou na faculdade e vai se virar, do jeito que der, como vier. Samira quer mais, cansou de se sentir anestesiada e incompreendida. Samira não quer o rótulo de insatisfeita convicta ou confusa-prolixa.  

Samira quer mais. Assim como o Adriana, o Rodrigo, a Vivian, o Zé, a Paula e o Rafael também querem. Alguns fazem parte do clube que detesta a mesmice, outros, acreditam que felicidade plena é uma mentira, pois sempre existe um canto vazio a ser preenchido. A dificuldade está em compreender uma dessas necessidades – ou das duas - e admiti-las. 

Mais do que isso: se conhecer o suficiente para dizer que a vida que leva não é a que gostaria. É dolorido admitir que tem algo errado. Dói e custa caro. Custa casamento, emprego, casa, amigos, perder credibilidade e apoio. Mas viver a angústia de Samira também é cansativo e doloroso. Ser (sempre) incompreendida, taxada de inconsequente ou sonhadora.

Samira cansou e decidiu mudar. Ouviu a voz do coração, o chamado da vida. Ou, simplesmente, Samira cansou: botou a mochila nas costas e foi atrás do que acredita – por ora.

Amanhã, Samira poderá mudar de ideia. E tudo bem. A vida, no fim, é sobre isso: mudar de ideia, descobrir novos meios, tentar viver de um jeito mais quente, divertido, engraçado e surpreendente. Nem sempre dá certo, claro. Aí a gente volta umas casas e se reinventa.Ou tenta.

Samira, tamo junto. Voe alto! Parafraseando uma canção: ainda bem que quem tem coragem não precisa fingir.



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

.:Você não soube me amar (nem eu):.


Vamos abrir aqui um espaço pra um clichê. Vamos fazer da pessoa que vos escreve a dona da verdade. Vamos falar do que dói no coração. Do travesseiro molhado de lágrimas. Das mensagens que manda quando está bêbada. E dos dois tiques azuis. Sua mensagem foi vista - e ignorada com sucesso. Vamos falar dos lugares os quais você foi, sem saber qual era o som que rolava, quando custava a cerveja, com um sapato que apertava o pé e um vestido que fazia faltar ar para esbarrar nele, que nunca esteve lá. Vamos falar das ligações não atendidas. Ou das ligações pros amigos (dele), tentando ouvir uma palavra de conforto. Dos programas de TV que lhe fizeram companhia nas noites de sábado em que fingiu ter um outro compromisso, só pra fazer charme. E ele não se importou. Vamos falar dos carinhos que você ganhou, dos beijos que comemorou, dos abraços eternos e lembrar de quantas vezes ele disse "mas com você é especial”. E dos domingos vazios. Os olhares que você já recebeu e conhece bem. Agora pras outras.
Vamos falar do seu amor. Vamos falar do direito que você deu a outra pessoa de não te amar. Ninguém tem o dever de valorizar o que você faz, a maneira que age e as palavras que diz. 
Mas ninguém pode desvalorizar o que você é. Não queira uma noite de amor e o vazio do dia seguinte, se livre das migalhas. Entenda a crueldade que isso representa, perdoe o egoísmo e siga em frente. 
Ele não sabe amar você e, isso, não dá pra ensinar.

Quem vos fala

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Brazil
Sou aquela que dança quando a música acaba.