terça-feira, 26 de novembro de 2013

.:Aniversariando:.

Segunda-feira ensolarada de primavera, 28 anos depois e parece que é o mesmo dia (segundo minha mãe). 
São 28 anos aqui, nesse plano terrestre. Tentando entender, bagunçando mais que organizando (obrigada aos envolvido), acumulando mais do que doando (vou praticar a caridade, meta da vida toda) e sorrindo mais do que chorando (algo tinha que ser positivo). 
Diversas vezes no dia de hoje eu tive certeza de que não sou privilegiada, mas, recebo carinho de sobra. De quem me concebeu, de quem me criou, acalantou, fez rir. Ou de quem bebeu comigo, caiu na farra, caiu de amores e chorou também. Tantas felicitações me fazem crer que todo mundo deveria aniversariar uma vez na vida! Sei, sei que todo mundo fica um ano mais velho, todos os anos. Mas, não sei se todo mundo se aniversaria. Se sente amado, bonito, rico e cheio de amor no coração. Não tenho certeza de que o mundo todo celebra individualmente seu dia. Eu celebro.

Eu agradeço, eu brigo por parabéns, eu compro bolo e velas se ninguém o fizer. Canto parabéns sozinha, mesmo na segunda-feira. Porque neste dia, eu recebo as coisas que o dinheiro não compra: Os conselhos da minha avó; o abraço da minha mãe, dizendo que me ama “muito, muito, muito”; o carinho sem jeito do meu irmão; as mensagens dos amigos que sabem o valor que tem, sabem como dizer que se importam e se sentem agraciados por minha amizade.
Isso é aniversariar. Saber que ninguém neste mundo é igual a você e isso é um barato!
São 28 anos juntado e colando caquinhos da minha história. Natural a todo ser humano e tão incoerente em mim é a tentativa de encontrar padrões pra fazer isso tudo fazer algum sentindo. Só que no dia de hoje (só hoje) eu prefiro acreditar que o único motivo de eu existir é ser feliz e fazer feliz. 
Feliz segunda-feira, 11 de Novembro, gente!

(O texto foi escrito dia 11/11. E publicado com leve delay, como podem observar).

.:Vida. Vida?:.

Vida deveria se chamar "espaço para arrependimentos".

Você se forma em contábeis, mas queria ser oceanógrafo.
Vai pro Caribe na lua de mel. Todo mundo foi e você também. Mas, ela queria NY. Ou Paris. Ou até ir pro Pari, mesmo. O que interessa não é o noivo (a)?
Fez tatuagem com a inicial. Do ex.
Aprendeu falar inglês. Entrou numa firma... espanhola.
Comprou 38. O melhor era o 40.
Colocou camisa branca, foi almoçar com o chefe num restaurante italiano. Pra falar de promoção. Bolonhesa. Babou na camisa. Bolonhesa. Fim.
Cortou chanel. No inverno.
Bebeu sem brindar.
Terminou sem começar.
Estacionou em lugar proibido.
Tomou porre de vinho.
Abriu a lata de leite condensado.
Escreveu, não leu. E mandou pro chefe. Pro ex. Pro possível peguete gato. 

O que era mesmo que eu não deveria ter escrito?

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

.: Nostalgia, aqui me tens de regresso :.



Se isso não é uma piada, melhor dizer que é uma cadeia de ironias.

Ironia das grandes é sentir falta de uma situação/coisa/pessoa da qual você bateu o pé e correu. Correu léguas, dias, noites, sem parar. Sem olhar para trás.
E tempos depois a nostalgia te fez sentir saudade, falta, vontade.
Há quem possa dizer que nostalgia é feitiçaria. Afinal, se fugiu e agora e quer voltar, só pode ser bruxaria. Ou loucura. Ou fogo no rabo mesmo.
Por definição: "Nostalgia é um termo que descreve uma sensação de saudade idealizada, e às vezes irreal, por momentos vividos no passado associada com um desejo sentimental de regresso impulsionado por lembranças de momentos felizes e antigas relações sociais. A palavra vem do grego νόστος (nóstos - "reencontro") e ἄλγος (álgos - "dor, sofrimento")." (via wikipedia).
Parafraseando: Nostalgia é sentir falta do que já viveu, achando que aquilo era melhor porque as lembranças são idealizadas e não condizentes com o que de fato aconteceu. 

Prefiro a minha definição: miopia emocional. Ver algum do outro lado da rua e achar que é conhecido, acenar e o outro virar a cara. Realidade do míope.
De longe é indefinido e chega até ser bonito. De perto, borrão. Realidade do míope.
Nem era beleza, destreza, magreza. Ou paixão, azul, colorido, tão alto, tão gente, tão quente. É só a miopia.

Volte em pensamento e analise tudo, não seja míope. Sinta saudades, não seja nostálgico. Seja até cego, mas não míope.

Os óculos da vida são as lembranças. Relembrar é reviver e ter a certeza de que o melhor, ainda é o hoje.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

.:"esse aí é zóião":.


É aquela velha história: quem é amigo de todo mundo, na verdade, não é amigo de ninguém.

E aí, você percebe que esse, que faz este papel de dar tapinha 'de brother' nas costas dos outros, de ser amigão, curtidor de foto de geral e sorrir igual finalista de concurso de miss universo, tá na verdade, jogando água no chopp de muita gente (pra não dizer mijando).

Enfim, quem faz este papel e acha que é esperto, tá achando errado. Sem o papo de que "a vida cobra", "o castigo vem a cavalo" e blá blá blá. Mentira. Simplesmente, as mentiras, a conversa fiada e atitudes de amigo-da-onça se encontram aqui, se encontram ali e reverberam e aí, neguim, 'a máscara cai' (clichê, mas é a real).

No fim, é todo mundo que um dia acreditou na pagação de pau de um idiota qualquer, se ver enganado e e se perguntando:"como eu pude?", tipo fim de novela.
E é muito chato saber que eles estão aí, sanguessugas sociais, chupinzando a vida alheia e achando tudo isso um barato.


Da minha lista, da minha vida, tá cortado. Vai falar mentira e ser filho (a) da puta na casa do caralho. E por favor, que sou muito educada.

"E diz esse aí é zóião, zóião"

 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

.:Comédia (sem graça) da vida privada:.



Os amigos mais próximos sabem da minha aversão por pessoas que fazem stand up comedy  da vida dos outros. Eu sempre falo que fulano (a) é a pessoa stand up. Referência que eu criei para classificar essas criaturas e o meu nível de ódio na escala de indesejáveis.

Pois bem, meu trauma advém de uma cena terrível que presenciei. Uma pessoa stand up achincalhava um rapaz na frente de um grupo (alguns chamariam de builyng, porque está na moda, né?), por conta de uma paixão platônica, manjada por geral do ambiente corporativo e NO MEIO DO CAFÉ DA MANHÃ. Sim, o negócio era manjado e foi jogado no ventilador no meio do café da manhã. Penso que o momento por si só dispensava o stand up. Mas, não. Foi um bafafá, uma série de piadinhas infames sobre a dor de coração alheia e a capacidade do rapazote de ser coagido pelo sentimento incrustado há tempos. Foi triste, pra não dizer deprimente.
A partir daí, a comediante foi banida da minha vida (e das redes sociais, por um bom tempo). Não gosto e desconfio de quem precisa fazer piada da vida do outro pra ser aceito, pra se sentir legal ou engraçado. Dá vontade de mandar na lata “Tem espelho em casa não, ô cidadão?”. Narcisão.

Acredito que tirar um sarrinho do corte de cabelo, fazer brincadeiras com a calça listrada da moda, dar aquela zoada no estilo “acordei e saí na rua”, pode rolar. Com quem você tem intimidade para tal. Com quem te quer bem o suficiente pra não mandar um soco na tua cara. E é preciso ter uma medida, nessa linha tênue entre brincadeira e sacanagem, para não fazer o outro se trancar e chorar 3 horas no banheiro da firma (da escola ou de casa, mesmo). Não tenho esse 'termômetro', então evito. Não gosto de brincadeirinhas que subjugam uma pessoa por estar acima do peso, ser careca, vesgo, cego, corno ou maneta e sei lá o que mais neste mundo de imperfeições. Às vezes, são condições (físicas ou não) que resultam de uma situação que você desconhece. E aí, não cabe o monólogo engraçadão.
Pense, repense: Você não está sendo legal, está sendo cruel e babaca. E esquecendo o principal, aquilo que vê todo dia, nos espelhos da vida: os próprios defeitos. 



"Ele é o bom, é o bom, é o bom..."
(Acha que é...)

quarta-feira, 12 de junho de 2013

.:Pra te acompanhar:.

“Que? Meu presente do dia dos namorados é calcinha vermelha?”.  E desligou o telefone. Olhando pra mim, continuou: “Por quê? Pra que? Se até os meus estudos eu queria terminar e ele não apoiou? Já são quinze anos... Mas está perto do fim”. 
Esta foi a conversa inspirada da minha hora de almoço com a Marilene. A Marilene é a “tia da faxina”. Aquela, que dá um trampo, mora no Itaim Paulista e vai pra Faria Lima quase todo dia e o marido ainda reclama quando ela demora mais de duas horas pra chegar em casa. A Marilene é aquela, que aos 45 anos, trancou o curso de auxiliar de enfermagem porque o marido dizia: “É besteira gastar dinheiro com isso, você tá velha”. A Marilene tem medo da vida de “separada”. Já a filha de 15 anos apoia: “Mãe, vai viver sua vida, tem que ter alguém que te valorize”. Sabe das coisas essa menina.

E a Marilene vai. Não sei quando, mas vai. Porque mesmo aos 45, ou 35 ou 56 ou 13 o importante é acreditar que existe amor além do amar. Porque amar não é dizer que ama. É mais e um dia inteiro pra dizer o que faz da palavra, o ato, seria pouco. O ato de abrir os braços num dia ruim. De esquentar o leite porque levantou antes. Ou levar pra jantar no dia 12/06. Ou no dia 15/08. Ou 01/01. Ou todos os dias, pra comer aquele hot-dog no podrão da esquina. A cerveja no boteco perto do metrô. A mão que aperta a sua (bem apertada) naquela cena de fim de temporada. O abraço depois do sonho ruim. A conchinha pós coito. E todo o “resto”.
Se for só “Eu te amo” e mais nada, pode esperar. Porque príncipe (e princesa) não existe e o “resto” é mais legal de acreditar. Ouvir “eu te amo” é incrível e lingerie vermelha também é legal. Mas ter um (a) parceiro (a), um (a) companheiro (a) que te olha, te compreende e acompanha tua vida é melhor. Muito melhor.

Feliz dia dos que sabem se amar!


quinta-feira, 16 de maio de 2013

.:O que era doce acabou. E nem sempre se amargou:.


Era uma vez o passado. Com pessoas interessantes, cheias de verdades absolutas e a nostalgia que tem o poder de fazer aquilo tudo (de longe) ser legal, bonito e ainda bater aquela puta saudade. Apaga. Começa de novo.

Era uma vez o passado. Aquele que se desfaz (parafraseando a Thalma de Freitas, numa canção que tem acompanhado meus dias, minhas inquietudes). O passado que não volta. Foi, desenrolado ou não. Se viveu ou se chorou, problema seu. Não volta mais não.
Aquilo que você queria ter dito e não disse. Aquela sensação que te apertou o peito e você quase vomitou, desmaiou e mesmo assim, não fez nada. O passado, por definição (e me perdoem a redundância e a insistência), passou.
E agora? Onde é que estão as suas lembranças? As suas promessas? As suas juras eternizadas ao som de Whitesnake? As verdades escorridas pelas pernas, naqueles longos banhos depois das brigas, se foram também. E com elas, você. Parte de você. Não, não é só o tempo que passa, você também passa. Eu passo. Somos passado, estamos de passagem na vida dos outros. Não importa o quão importante foi, passou. Não importa se ainda está ao lado de quem te quer bem, o que fez de bom e de ruim, também passou. E só por isso é possível seguir em frente: pelo presente. E para virar o passado de alguém.



Whitesnake, metal farofa, mas tá valendo. Contribuição do Davi (as always)

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Pra Comer Comida Nova, É Preciso Lavar os Pratos Sujos (No casal sem vergonha)

"As idas e vindas da vida, essa brincadeira tão dinâmica, tão maluca e cheia de incertezas, fazem com que tenhamos uma ânsia de querer tudo ao mesmo tempo e agora. Uma necessidade infinita de se provar, se lançar, se jogar – e tudo isso sem se preparar. Como se cada dia fosse mais do que o último – o único. Como se viver intensamente fosse uma obrigação. Sugar o máximo da vida, arregaçar os poros, acabar e começar com tudo o tempo todo. Devorar e reconstruir para, enfim, viver.
Há quase uma perseguição pelo estado de felicidade plena – absolutamente ilusório, por sinal -, além de uma necessidade descontrolada de despertar atenção, estar no coração, no celular, na memória e na proteção de tela do outro. É tanto desespero que nos esquecemos de uma das tarefas mais importantes da higiene básica: limpar o prato sujo de feijão antes de se servir de manjar.
Os pratos limpos da vida. Os pratos limpos pra comer comida nova, comida fresca, com temperinho de mamãe, a mãe-vida. Joga-se a comida nova naquele prato sujo, usado e cansado. Repleto de restos, de vestígios apodrecidos da antiga refeição que agora se misturam à nova, dando um sabor amargo ao banquete mais esperado que a vida te ofereceu. Tudo por conta daquele maldito prato ainda sujo (...)

Bom, o resto tá lá, no site do Casal sem vergonha! E se você curtir de verdade o texto, é só clicar em "CURTIR" na própria página do CSV.

(O Namadruga vai ficar famoso e vocês vão ter que me aturar!)




terça-feira, 30 de abril de 2013

.:SOU FINALISTA DA 3ª SELEÇÃO DE COLUNISTAS DO CASAL SEM VERGONHA:.


E agora, que o estou concorrendo a colunista do Casal Sem Vergonha?
E agora que meus textos, enfim, serão lidos por centenas (quem sabe, pretensão a parte, por milhares) de pessoas?
E agora que os "pratos limpos" estão aí, virando status, gerando indireta pra geral no feice e sendo pauta pra vida. Que bom, hein? Que lindo!
Nunca pensei que chegaria até aqui. Mentira, pensei sim. E agora que "cheguei", quero ficar. e pra isso, precisa só dar um "like" AQUI Fácil assim! ;)




Aos que torcem, obrigada! Aos que me querem ver por aí, escrevendo, dando entrevista no Gentili, fazendo um "draw my life", virando a Tati Bernardi mais alta, só curtir (e compartilhar, né?!)

Um beijo!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

.:Todo dia e toda hora:.

Vou “chover no molhado”, eu já sei. Falar de respeito em tempos de intolerância é que que temos em destaque hoje. Mesmo com Marcos Felicianos soltos por aí, nêgo tomando tapa (tiro, porrada e bomba) porque é viado, preto, pobre, favelado, xiita, corredor em Boston, ama a Xuxa ou o Zezé Di Camargo. É muita opinião pra pouco respeito. Muito “claro que te entendo” pra “mas você há de concordar comigo que...”. Qualé? Senta aqui!

Eu nem sei (ou não me lembro já que certamente aprendi na escola. Fazia até cocar, cantava musiquinha...) porque hoje é o dia do índio google now.  
A reflexão veio... Fortíssima. Repensar o desrespeito ao alheio, tanto “não vi e não gostei”. Tanta repressão em tempos de mundo 4G. A vida, tão recheada de figuras, de representações e tradições é a preservação do ser humano. A salvação da história de cada um. É reviver todo dia o passado, reviver seu pai, seu avô, o lugar onde você se criou, onde subiu numa árvore pela primeira vez. Pra isso servem a memória, as fotos, os murais: para relembrar. Manter suas crenças intactas, seus rituais, suas mandingas, suas pirações, isso é tua cultura, tua história, tua vida. E respeitar quem é e age assim, porque “todo dia, toda hora, era dia de índio” antes de você chegar.



quarta-feira, 6 de março de 2013

.:Não chorei. Hoje:.

O Chorão foi embora. No mesmo dia em que eu assisti pela primeira vez o trailer de "Somos tão jovens", filme que conta a história do Renato Russo. E por mais esquisito que pareça, fiz a comparação improvável.
Quem conhece a história do Renato, sabe o quanto ele era incompreendido, introvertido, estranho até. E ainda sim, tocava milhões de pessoas quando dizia "É preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã". E isso não é poesia, não precisa ser gênio pra saber, tanto que o próprio concluiu "não verdade não há". Óbvio.
O Charlie Brown era uma banda normal. Meio clone dos  Raimundos, fazendo musiquinha pra FM e tals. Aí, vieram os dilemas, os problemas, o crescer, o viver e as letras mudaram. Amadurecimento musical, pessoal e normal afinal, Champignon, Renato Pelado e Marcão estavam na média, mas não faziam média. Tanto que a chapa esquentou e a banda acabou. Porra, mas antes disso vieram shows infinitos (Morumbi lotado com direito a vaia e gravação de dvd), clipes engraçados e bem produzidos depende ("Rubão", "Proibida pra mim"), o Acústico absurdo ("Ratatá é bicho solto"com  RZO, D2, Ganjaman e tudo mais) e muita treta (vish).
Sei lá, o cara cantou pra todos os adolescentes nascidos em meados de 85, 90. Fez refrões insuperáveis e deu um soco no Marcelo Camelo. Enfim, né, polêmico. Sim, porque o que o Renato Russo tinha de estranho, o Chorão tinha de polêmico. E os dois cantavam o óbvio, que todos sentem e sabem, mas precisam ouvir. O amparo que vem dos alto falantes, saca? É isso: Não se sentir só.
Chorão, grande letrista que cantou a melhor música da Legião, minha humilde opinião.
Sei lá, os bons morrem logo. E o que fica, o legado, as ideias, tão aí. Pra provar que arte (boa, mediana, fina, popular ou tosca) é imortal.




"Deus está do lado de quem vai vencer" (Renato Russo)

sexta-feira, 1 de março de 2013

.:Desaforada:.

"Fulano se dá bem porque é político". Faria um bem danado para minha alma aflita, que acredita que "ser político" é o mesmo que ser ambíguo e descaradamente falso, se alguém me convencesse do contrário. Aqueles que são comedido, polidos, calculando palavras enxergo com seres socialmente amordaçados com o vocabulário permeado por expressões corporativas e funcionais. Dizer pro namorado que a crítica  é só um "feedback positivo". Quem nunca? Eu nunca.
Prefiro acreditar que relações naturais, verdadeiras e saudáveis são aquelas onde tudo é claro, sem jogo, sem passeio ou fricotes. Sem medo de ser feliz, de se jogar, de se apresentar, dar a cara pra bater. Sei que num mundo onde tudo é escolha, posicionamento, PT x PSDB, Rosa x Azul, Gaviões x Mancha Verde fica difícil ser verdadeiro, autêntico e escolher um lado o tempo todo. No entanto, relações pautadas em atitudes moderadas são, no mínimo, moderadas. Onde o que se diz é meio verdade, o que se sente é meio sentimento e o que se faz, nunca é por inteiro. Por definição, mediano.
Acredito que nesta vida, somos dignos do tudo. Relações livres, completas e inteiras. E dizer "tudo bem, sem problemas", mesmo não concordando com algo, só para as pessoas importantes e íntimas. Fazer pelo bem comum, bem querer e bom amor, evitando a quebra de clima e de confiança.
Com o resto do mundo, "não" é  "não" e "sim" é "sim". Vamos debater, galhofar, lavar a roupa suja, se necessário, mas nada de ir embora engasgado. Simplesmente porque a vida é mais fácil quando você não leva desaforos pra casa. Porque lá, definitivamente, eles não devem morar.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

.: De verdade. A Amizade:.

Poucos pra se aproveitar (de verdade, sem oba-oba de bar). Aquela história de contar nos dedos das mãos, sabe? Poucos pra remendar seus cacos, aproveitar os momentos que de tão bobos, não devem ser divulgados, ou você corre o risco de ficar com cara de idiota. Poucos que gostam das mesmas músicas, te levam naquele show, daquela banda que ninguém conhece e tem aquele nome estranho. 
Pra poder rir no ponto de ônibus. E na chuva.
Fumar o último cigarro do maço e "tudo bem".
Para  ser aquela verdade que você sempre acredita.
Para entender o espaço que é preenchido por um silêncio que não pesa. 

Para dar carona sem pretexto, que é sempre bem vinda.

P'rum desabafo, cheio de desaforos, exageros e metáforas e ainda sim, absolutamente compreensível.

A realidade sempre nua e muitas vezes, mais amarga do que crua.
A parcialidade pra defender.
A imparcialidade para amar.
Amigos, poucos, bons e meus.
Os que são, sempre estão.



Texto especialmente  dedicado ao amigo Davi Andres que sempre está. No bar.

Quem vos fala

Minha foto
Brazil
Sou aquela que dança quando a música acaba.