terça-feira, 24 de abril de 2012

.:De passagem:.



Efêmera. Uma palavra que demorei pra ouvir pela primeira vez e mais ainda pra procurar o significado. Procurar não foi legal... Já que de repente, tudo fez sentido e virou "efêmero". 
O mundo virou um conglomerado de "vai passar". A TV Colosso, acabou. Maria do Bairro, acabou. O Bozo já era e o Duran Duran, bem... Acho que não dura muito mais, não. Isto, pensando só em coisas boas que me acompanharam durante a infância e adolescência. 
Indo além, temos sorte já que coisas ruins também são efêmeras. A separação dos meus pais (um casamento que acabou e uma perda que se reparou), a morte do meu avô e outras tantas que já que acabaram, nem valem a lembrança.
A vida é uma porção de coisas que podem ser lindamente alcunhadas de efêmeras. Aquelas que são a razão da existência e ainda sim tão rápidas, curtas e especiais. E que você às vezes nem começa... Já com medo do final.

Sou dessas. Que sofre a dor da perda que nem teve. A mordida que não deu naquele bolo incrível. O grito pra extravasar que ficou entalado na garganta. Até a morte que nem chegou (e já falei disso aqui).
Ultimamente, tenho pensado muito nisso. Se tudo e todos logo se vão, pra que toda essa pressa? Ela que nos faz viver em função do “Vamos combinar pra semana que vem!?”?
Então, sem pressa. Já que tudo vai passar mesmo, vamos nos enfiar em SPAS, hotéis, resorts e sacos de dormir atrás de descanso. Afinal, "o mundo tá muito louco”. Vamos fazer nada e voltar cheios de dívidas, brotoejas, queimaduras de sol e sei lá mais o quê.


Tipo, não tem regra. Tem a sua vida e o que você vai fazer com ela. O que vai fazer com este monte de coisas soltas no mundo? O mundo é infinito, não vai acabar. Já eu, você e todo o resto, estamos só de passagem. 
O Elias, da farmácia; a Débora, do primeiro emprego; a professora Angelina, da primeira série; o Gabriel, da faculdade e o Nestor, segurança que dividia a bancada  de uma copa minúscula e até a marmita dele comigo.
E tantas outras pessoas que passaram. A todos eles, agradeço a efemeridade. E até ofereço uma musiquinha...

Um comentário:

Tatiane Carolino disse...

Eu adoro a Tulipa Ruiz, especialmente essa música bjs

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Sou aquela que dança quando a música acaba.