Vou “chover no molhado”, eu já sei. Falar de respeito em
tempos de intolerância é que que temos em destaque hoje. Mesmo com Marcos
Felicianos soltos por aí, nêgo tomando tapa (tiro, porrada e bomba) porque é
viado, preto, pobre, favelado, xiita, corredor em Boston, ama a Xuxa ou o Zezé
Di Camargo. É muita opinião pra pouco respeito. Muito “claro que te entendo”
pra “mas você há de concordar comigo que...”. Qualé? Senta aqui!
Eu nem sei (ou não me lembro já que certamente aprendi na escola. Fazia até cocar, cantava musiquinha...) porque hoje é o dia do índio
A reflexão veio... Fortíssima. Repensar o desrespeito ao alheio, tanto “não
vi e não gostei”. Tanta repressão em tempos de mundo 4G. A vida, tão recheada
de figuras, de representações e tradições é a preservação do ser humano. A
salvação da história de cada um. É reviver todo dia o passado, reviver seu
pai, seu avô, o lugar onde você se criou, onde subiu numa árvore pela primeira
vez. Pra isso servem a memória, as fotos, os murais: para relembrar. Manter
suas crenças intactas, seus rituais, suas mandingas, suas pirações, isso é tua
cultura, tua história, tua vida. E respeitar quem é e age assim, porque “todo dia,
toda hora, era dia de índio” antes de você chegar.
Um comentário:
O Respeito pela cultura, pelo próximo, pela história e pelas diferenças. Você consegue fazer o leitor refletir sobre tudo isso de forma resumida e autêntica, é como se eu viajasse pra algum lugar que conheço mas só o encontro ocasionalmente. Me identifiquei em vários pontos. Além de fotos, temos muito do que vivemos no coração e acredito que isso é o que nos faz melhor no futuro.
A trilha sonora é uma das minhas favoritas dele
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