quarta-feira, 6 de março de 2013

.:Não chorei. Hoje:.

O Chorão foi embora. No mesmo dia em que eu assisti pela primeira vez o trailer de "Somos tão jovens", filme que conta a história do Renato Russo. E por mais esquisito que pareça, fiz a comparação improvável.
Quem conhece a história do Renato, sabe o quanto ele era incompreendido, introvertido, estranho até. E ainda sim, tocava milhões de pessoas quando dizia "É preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã". E isso não é poesia, não precisa ser gênio pra saber, tanto que o próprio concluiu "não verdade não há". Óbvio.
O Charlie Brown era uma banda normal. Meio clone dos  Raimundos, fazendo musiquinha pra FM e tals. Aí, vieram os dilemas, os problemas, o crescer, o viver e as letras mudaram. Amadurecimento musical, pessoal e normal afinal, Champignon, Renato Pelado e Marcão estavam na média, mas não faziam média. Tanto que a chapa esquentou e a banda acabou. Porra, mas antes disso vieram shows infinitos (Morumbi lotado com direito a vaia e gravação de dvd), clipes engraçados e bem produzidos depende ("Rubão", "Proibida pra mim"), o Acústico absurdo ("Ratatá é bicho solto"com  RZO, D2, Ganjaman e tudo mais) e muita treta (vish).
Sei lá, o cara cantou pra todos os adolescentes nascidos em meados de 85, 90. Fez refrões insuperáveis e deu um soco no Marcelo Camelo. Enfim, né, polêmico. Sim, porque o que o Renato Russo tinha de estranho, o Chorão tinha de polêmico. E os dois cantavam o óbvio, que todos sentem e sabem, mas precisam ouvir. O amparo que vem dos alto falantes, saca? É isso: Não se sentir só.
Chorão, grande letrista que cantou a melhor música da Legião, minha humilde opinião.
Sei lá, os bons morrem logo. E o que fica, o legado, as ideias, tão aí. Pra provar que arte (boa, mediana, fina, popular ou tosca) é imortal.




"Deus está do lado de quem vai vencer" (Renato Russo)

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