Fui assistir “Minhas sinceras desculpas”, o monólogo do Eduardo Sterblitch. Pedir desculpa antes de fazer a merda? Vale?
Eu não sei o que é que tem de verdade nisso. Mas é tão sincero, que chega a parecer mentira.Em cena, ele fala de frustrações e (acho) realizações. De como se vê. Das coisas que vive enquanto ator. E todas as situações são ilustradas (como em todo bom monólogo). Sem contar a banda que acompanha o cara, mandando clássicos do Marvin Gaye e outros.
Tem muito palavrão, muito escatologia e uma porção de críticas nas entrelinhas das falas do ator.
Achei essa entrevista dele, onde até tenta ser modesto: “Não acho meu trabalho ABSURDAMENTE bom”. Eu acho. Muito bom. E ficar falando dele, ou da peça, tira o brilho. Afinal, muito melhor não criar expectativa e rir “para caralho”. E quem viu entende o “para caralho”. E agora eu me sinto muito feliz, por achar no mundo alguém que pense que palavrões são indispensáveis. Mais até do que eu.
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