sexta-feira, 15 de outubro de 2010

.:Que realidade que nada... É crueldade:.




“Mas, o estado não tem direito de matar ninguém!
Aqui não tem pena morte mas, segue o pensamento:
O desejo de matar de um Capitão Nascimento.
Que, sem treinamento, se mostra incompetente!
O cidadão por outro lado se diz impotente, mas...
A impotência não é uma escolha também de assumir a própria responsabilidade, hein?”


Esse é um trecho da música “Desabafo” do Marcelo D2. Ela “batia” em mim de um jeito estranho. Depois de ter visto “Tropa de Elite 2- O inimigo agora é outro”, esse trecho faz todo o sentido do mundo. Eleições, sistema, sociedade, realidade, esquema...
Todas essas palavras mantém uma conexão que nunca vai ser interrompida. E esse filme fala exatamente disso.

É chover no molhado dizer que já sabe porque o filme não foi lançado antes das eleições. Nem sei quando ficou pronto. Talvez nem faria diferença se tivesse sido lançado no começo do ano. É sempre a mesma coisa, a bandalheira é a mesma. A compra de votos, escancarada ou não, sempre existiu. Alguém esqueceu que o Brasil é um país paternalista e um dos maiores conglomerados de coronelismo do mundo?
Todos no mesmo barco. É isso que filme quer mostrar. No Tropa 1, a idéia era esfregar na cara (literalmente) de quem quisesse, o esquema do tráfico de drogas. Dizer ao cara que acha que dar um tapinha num baseado “não tem nada demais!”, que ele também sustentava tudo aquilo. Mas, era uma minoria que entendia isso. E dentro dessa minoria, ninguém se assumia como usuário, maconheiro, responsável, etc. Afinal: se eu não entro em favela, não fumo baseado, sinto muito: a culpa não é minha!
O Tropa 2 não deixa barato: Quem paga o salário, a propina e mantém a quadrilha do colarinho branco livre, leve e solta por aí é você. Você , eu , o Zé das Couves, o tio da banca de jornal, o Restart, a Geisy Arruda... Enfim: todo mundo é responsável.
O filme vai mais longe: Quem corrompe um policial, quem vende o seu voto é tão corrupto quanto qualquer político ficha suja.

Pra não perder o fio: Vá assistir o filme. Tentar dar uma dimensão pra essa maluquice toda. E achar o seu pedaço de responsabilidade.

Por que “você sabe o que é ditadura, meu amigo? Então vota direito, PORRA!” (Frase de Talita Guimarães)

Um comentário:

Pati Benete disse...

Puts, acabo de comentar isso no TT, que foda, o filme não é apenas uma ficção, é a mais pura realidade. Um soco no estômago de arrepiar do começo ao fim! O inimigo é outro, minha cara, e ele está no poder!!!

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Sou aquela que dança quando a música acaba.